RECURSOS
Capital sujeito a risco. O valor e a rentabilidade dos investimentos tanto podem diminuir como aumentar, pelo que não podem beneficiar de qualquer garantia. Os investidores devem estar cientes de que podem não recuperar o valor originalmente investido.
Gerir o risco macroeconómico
O que importa no novo regime: inflação persistente e taxas de juro estruturalmente maiores. Os mercados ainda estão a adaptar-se a este ambiente, por isso é que o contexto é fundamental na gestão do risco macroeconómico.
Orientar os resultados da carteira
Pensamos que os investidores devem agarrar o leme do investimento e adotar uma abordagem mais dinâmica das suas carteiras com estratégias de indexação e busca de alfa, mantendo-se seletivos.
Aproveitar as megaforças
As megaforças são outra forma de orientar as carteiras e de pensar em blocos de construção de carteiras que transcendem as classes de ativos tradicionais, na nossa opinião.
Este material não se destina a ser utilizado como previsão, pesquisa ou aconselhamento de investimento, nem é uma recomendação, oferta ou solicitação para comprar ou vender quaisquer títulos ou produtos financeiros ou para adotar qualquer estratégia de investimento. As opiniões expressas datam de março de 2024 e poderão mudar à medida que variarem as condições subsequentes.
Karim Chedid: Bem-vindo à nossa visão para o 2.º trimestre. Pensamos que ainda existe margem para o otimismo do mercado no segundo trimestre, à medida que a inflação arrefece e os bancos centrais dos MD avançam para cortes nas taxas, mas mantemo-nos ágeis e seletivos perante maior volatilidade macroeconómica no novo regime. Natalie Gill, da equipa Portfolio Research do BlackRock Investment Institute, juntou-se a mim para analisarmos os nossos principais temas de investimento para o 2.º trimestre e o que significam para as carteiras.
Natalie Gill: Obrigada, Karim.
No início do ano, definimos três temas de investimento. Vou agora explicar como evoluíram e como continuam a orientar as nossas perspetivas para o 2.º trimestre. O nosso primeiro tema é gerir o risco macroeconómico. Já dissemos anteriormente que este novo regime é marcado por pressões inflacionistas estruturais persistentes. A volatilidade dos dados relativos à inflação ao longo do ano é um exemplo disso mesmo.
Pensamos que a inflação norte-americana pode cair ainda mais este ano, mas vemo-la a subir novamente em 2025. Prevemos que as taxas diretoras da Fed se mantenham mais elevadas do que antes da pandemia, uma vez que a inflação deverá aproximar-se dos 3%. Prevemos que a inflação da área do euro acabe por voltar ao objetivo, mas os riscos mantêm-se.
Num contexto de perspetivas macroeconómicas mais incertas, as exposições aos riscos macroeconómicos podem ser sancionadas ou recompensadas. Por isso, consideramos que os investidores devem escolher com discernimento as exposições que assumem. Para isso, as carteiras devem manter-se ágeis.
O nosso segundo tema é orientar os resultados da carteira. Pensamos que o otimismo do mercado acionista este ano pode persistir à medida que a inflação continua a cair e mantemo-nos ágeis em relação à duração. Estamos sobreponderados nas ações norte-americanas e apostamos no tema da IA, pois a tecnologia impulsiona o crescimento dos lucros das empresas. O mercado ainda está a adaptar-se ao novo regime de aperto das condições financeiras e maior incerteza macroeconómica. Vemos isso nos mercados através de maior volatilidade e dispersão dos rendimentos. Isto abre oportunidades para carteiras mais ativas. Os rendimentos ativos podem ser gerados de diferentes formas, quer procurando gestores mais eficientes, quer sendo dinâmicos com estratégias indexadas.
Outra forma de orientar as nossas carteiras é um terceiro tema, aproveitar as megaforças, as grandes mudanças estruturais que afetam o investimento agora e a longo prazo, como a demografia e a transição para baixas emissões de carbono. Não só alteram as perspetivas de crescimento e inflação a longo prazo, como também estão prestes a criar grandes alterações na rentabilidade das economias e dos setores. Na nossa opinião, isto cria oportunidades e riscos para os investidores.
Karim Chedid: Obrigado, Natalie.
O que é que isto significa para as carteiras? Gerimos o risco macroeconómico colocando a qualidade no centro das carteiras. Consideramos o fator qualidade, com uma preferência pela Europa a nível regional. Expomo-nos igualmente a empresas de qualidade através de estratégias de ações de elevada convicção e sem restrições que podem ser capazes de proporcionar alfa ao longo dos ciclos de mercado. Com a descida das taxas de juro prevista para este ano, procuramos diversificar as fontes de rendimento, para além das obrigações do Estado, expondo-nos a dividendos de qualidade. Acreditamos que uma abordagem ativa neste domínio, incluindo através de estratégias sistemáticas integradas em ETF, pode ajudar a construir uma carteira de ações que mantenha rendimentos elevados, evitando simultaneamente a tendência por estilos e setores. Também analisamos as estratégias que garantem rendimentos em obrigações através de obrigações de maturidade fixa, o que nos leva ao nosso segundo tema.
Orientamos os resultados da carteira, tornando-nos mais ativos, com alocações de elevada convicção às ações norte-americanas e japonesas nos mercados desenvolvidos, bem como ao crédito em que procuramos exposições ao euro, tanto em grau de investimento como em high yield. Procuramos acrescentar ciclicidade onde faz sentido, incluindo através da alocação ao setor financeiro global. No que respeita aos ativos dos mercados emergentes, privilegiamos as ações latino-americanas devido à sua orientação para os exportadores de matérias-primas e adotamos uma atitude construtiva em relação às obrigações do Estado indianas.
Por último, orientamos igualmente as carteiras através da exposição a megaforças. Mantemos a nossa elevada sobreponderação à inteligência artificial e começamos a olhar com cautela para estes títulos, embora pensemos que os semicondutores continuam a ser a expressão mais pura do tema.
Procuramos exposições como a energia e os bancos norte-americanos que podem beneficiar de um ano de eleições, bem como ativos que podem beneficiar de alterações demográficas, como os cuidados de saúde e a automatização. Obrigado por se juntar a nós e clique na ligação abaixo para ler todas as nossas opiniões e perspetivas.
Karim Chedid, Head of EMEA iShares Investment Strategy, e Natalie Gill, da equipa Portfolio Research do BlackRock Investment Institute, detalham os nossos principais temas e visão para o 2.º trimestre de 2024.
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